quarta-feira, 21 de abril de 2010
Só teve uma coisa que aprendi com vovó. Quando se quer uma mulher, você apenas deve dá lá dinheiro. Agora eu tinha 36 anos, acordava às 2h da tarde e retirava restos de maquiagem e outros restos da cara. Lembrei de vovó porque a via fazendo isso todos os dias. Claro que isso não me saiu da cabeça. E exatamente há Cinco anos, é o que eu faço. Hoje pensei nos meus testículos, pensei no meu pau: Se eles pudessem falar. Mas, tio Luis me dizia “Quando você se sentir perdido deixe que o seu pau pense cara”. Essa tarde eu era um sujeito desorientado. Nunca amei e agradecia a Deus por ter me livrado dessa praga. Quando você dá amor a uma mulher, ela te suga, te domina. Deixa você louco. Preso. E ela nem do seu coração faz parte, é o seu cérebro que essas putas sugam. Aí vem a mãe. Mamãe pedia netos. Deve ser por isso que lembrei de amor, pau, mulher. Nessa idade a gente sempre acaba lembrando da família. E explicar pra mamãe que deixar algo que faça parte do seu corpo nasça por ai, cresça, e me chame de pai era assustador, nunca foi fácil. Bom, mãe não se entende, não se ama, não odeia e não se bate papo. Mãe se obedece. Mãe não existe. Difícil é achar mãe pra um filho teu. É o mesmo que sair a procura de emprego é o mesmo que ir a guerra. Mas se você tem um amigo, mande ele no seu lugar. Chaos tinha uma teoria: mulher pra casar até nome de santa tem que ter. Nunca entendi e nunca concordei. Não consigo foder mulher virgem cara, é um desespero, uma bobagem, um favor que eu to fazendo a elas. Mas, Chaos dizia: você será retribuído com filhos, cueca lavada, comida na mesa e trepadas de graça. Foda-se. Casei-me com Camille, foi rápido e certeiro. Linda, louca e safada. Não me sugou, eu a suguei. Camille pensava no meu pau, às vezes achava que ela pensava por ele. Apaixonada e descontrolada ia ao inferno atrás e comigo. Eu a amarrei no meu tornozelo. Mas isso não significou nada, ela não me amarrou ao dela. Camille cansou, ou desistiu, não entendi. Acreditava está na linha. Bom, ninguém pode dizer que eu não tentei. A vadia se mandou com Chaos. Voltei à vida. Comprei maquiagens novas e me mandei. Resolvi deixar o cabelo crescer e economizar nas perucas. Conheci uns caras com o mesmo trabalho. Tirávamos folga em um dia da semana e íamos tomar cerveja no bar da Pag. Ela lembrava minha avó, e acho que por isso ela nos entendia. Éramos Quatro e só bob gostava do trabalho. Só vim a chamar de trabalho, quando soube da morte de mamãe e tive que me sustentar sozinho. Acostumamos e até deixamos bob levar seu namorado pra casa. Ele só devia manter distancia, caso ele confunda trabalho com a nossa vida. Um dia cheguei bêbado e comi o namorado de bob, ele quis me matar cara. Tive que dá o fora. Voltei e encontrei Camille e Chaos juntos com um filho. Meu filho. Tornei-me amante de Camille. Numa noite de sábado três caras me comeram me surraram e arrancaram os meus testículos. Voltei a acordar às 2h da tarde e retirar restos de maquiagens e porra da cara
quinta-feira, 11 de março de 2010
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Quente. Eu precisava de um banho, mas queria um banho de mangueira, em frente a minha casa e só de calcinha. Queria ficar ali, batendo os cabelos de um lado para o outro enquanto molhava todos que passavam bem perto para matar a curiosidade. Quis molhar o vizinho do andar de cima que me olhava pela janela, ria e chamava os amigos para ver. Quis molhar o senhor idoso e sua senhora e faze-los arrancarem suas roupas ali mesmo. Quis me molhar por dentro. Quis tanto que enfiei a mangueira por dentro da calcinha por pura diversão, só para atrair mais olhares. Enfiei e vi a cara de todos assustados rindo comigo. Entrei para minha casa ainda rindo muito, molhando o tapete enorme verde e sujo. Entrei tirando a calcinha molhada e pensei que seria uma boa hora para lavar o tapete. Joguei sabão e esfreguei agachada. Liguei o rádio tão alto que não escutava meu telefone tocando sem parar. Era engano. Mas não me importei em puxar um papo com o rapaz do outro lado da linha, que me parecia tão triste por mais uma vez não ter acertado o numero, por não achar a garota dele. Senti que ele estava perdendo a esperanças e as fixas. Disse a ele que talvez a garota não quisesse ser encontrada por ele. Ele riu. Perguntou-me o porquê da demora pra atender ao telefone, eu ri, meio sem graça “como iria contar a ele que estava nua esfregando meu tapete com o rádio ligado muito alto, depois de ter tomado um banho só de calcinha na rua com todos assistindo?”, mas eu contei. Ele riu e claro que me achou louca. Disse a ele para experimentar fazer isso quando estivesse um dia muito quente de te deixar de mau humor e se sentisse só, sozinho de tudo. Ele prometeu tentar e pediu meu numero certo porque me ligaria se por acaso acontecesse. Desligamos. Coloquei meu tapete pra secar, me sequei, me arrumei. Fui comer torradas com suco de laranja pensando se ele tentaria acertar o numero da tal garota, se ele havia conhecido ela em alguma festa e a levado pra sua casa e treparam tão loucamente que ele não conseguia esquece-la. Talvez ele estivesse apaixonado. Talvez ela o roubasse, talvez ele só quisesse dizer o quanto foi bom e que noites assim poderiam durar, e que ele gostaria que ela ficasse. Dei um pulo do sofá derramando o suco e me sujando toda. Lembrei do cara de semana passada. O cara que depois de uma noite louca deixei dormindo e meu numero errado. Não falamos nem nossos nomes! Coloquei meu vestido preferido preto justo. Apanhei umas cervejas e sai. Fui ao mesmo lugar. Não que eu quisesse encontrar ele, só queria ver se ele estaria lá, reparar nele. Ele estava. Coitado, cabelo bagunçado, barba mal feita, cigarro na boca, numa decadência que eu deveria sentir pena, mas eu até gostava. Ele é lindo! E estava sozinho. Parece que tudo conspirava ao meu favor, até a musica, mas que merda!Aproximei-me com o meu melhor sorriso. Pedi uma caipirinha e disse “olá”. Ele deu a ultima tragada no seu Camel, que agora de perto eu podia ver, esmagou com o bico da bota surrada e disse: Sua vadia louca, eu não liguei por engano, eu sou um dos amigos do seu vizinho do andar de cima, e não tentei ligar pro numero que você deixou nenhuma única vez. Eu liguei pra dizer o quanto você estava ridícula e escrota enfiando aquela mangueira dentro da calcinha, só não tive coragem, porque você trepa bem.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Era Catarina. Saia apressada pela noite na chuva, saltitante que eu podia ver a vontade pular para fora dela. Uma vontade descontrolada em ser feliz aquela noite, sem medo, sem culpa. Ela olha uma única vez para trás e parecia adivinhar que eu a fitava com os olhos curiosos e raivosos de ciúmes. Deu um risinho, quase sapeca, por um segundo pensei que gostaria que eu fosse atrás. Continuou apressada. Fiquei ali na janela com o coração saltando pela boca, ansioso, indeciso. Sai. Desci as escadas acendendo um cigarro tentando controlar minha excitação.
Ela andava tão angustiada. Deus eu podia ver, às vezes, sentir. Aquele lugar... Aquele lugar a torturava lentamente, eu via. Aliás, eu não a via, via Catarina tão poucas vezes que ficava intrigado por não saber quem realmente era ela. Fui desistindo aos poucos. Mas essa noite quando ela me olhou, seus olhos diziam que precisavam de mim. De uma maneira triste, mas o corpo divertido. Não precisava ir longe para saber sobre a noite de Catarina. Beberia, dançaria, e acordaria na cama do cara mais esperto, tentando lembrar o que aconteceu, e às vezes pensando em mim.
Algumas manhãs sentia nojo dela, e de todas as suas trepadas, era nojo com vontade de comê-la a força e que me fazia sentir pena mais de mim do que dela, dando murros na mesa tentando entende-la, ou entender a mim mesmo.
Sentindo-me fraco, possessivo, enquanto aquele olhar aquela noite me pedia tudo ao mesmo tempo e muito rápido.
Era assim quase todas as noites de sábado. Chegava um pouco depois dela,sentava tentando disfarçar que eu estava ali por sua causa,disfarçando mais ainda meus insistentes olhares. Ela fingindo não notar minha presença. Mas seu corpo gritando pelo meu cacete, por uma rápida trepada em qualquer lugar. Entre uma cerveja e outra meu pau ficava duro imaginando sua boca rosada sua língua molhada quase o arrancando. Fingia derramar cerveja sobre minha calça, me levantava, e ia para casa.
Ela andava tão angustiada. Deus eu podia ver, às vezes, sentir. Aquele lugar... Aquele lugar a torturava lentamente, eu via. Aliás, eu não a via, via Catarina tão poucas vezes que ficava intrigado por não saber quem realmente era ela. Fui desistindo aos poucos. Mas essa noite quando ela me olhou, seus olhos diziam que precisavam de mim. De uma maneira triste, mas o corpo divertido. Não precisava ir longe para saber sobre a noite de Catarina. Beberia, dançaria, e acordaria na cama do cara mais esperto, tentando lembrar o que aconteceu, e às vezes pensando em mim.
Algumas manhãs sentia nojo dela, e de todas as suas trepadas, era nojo com vontade de comê-la a força e que me fazia sentir pena mais de mim do que dela, dando murros na mesa tentando entende-la, ou entender a mim mesmo.
Sentindo-me fraco, possessivo, enquanto aquele olhar aquela noite me pedia tudo ao mesmo tempo e muito rápido.
Era assim quase todas as noites de sábado. Chegava um pouco depois dela,sentava tentando disfarçar que eu estava ali por sua causa,disfarçando mais ainda meus insistentes olhares. Ela fingindo não notar minha presença. Mas seu corpo gritando pelo meu cacete, por uma rápida trepada em qualquer lugar. Entre uma cerveja e outra meu pau ficava duro imaginando sua boca rosada sua língua molhada quase o arrancando. Fingia derramar cerveja sobre minha calça, me levantava, e ia para casa.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Não queria que ele pensasse que eu andava meio triste. Numa tristeza assim sem motivo. Mas era uma tristeza baixinha, nada com ele. E doía toda vez que ele me dizia num tom mais triste ainda que o meu, achando que a culpa era dele. E ia eu tentando explicar que não tinha nada a ver com ele, que a culpa não era dele, que eu também não sabia explicar o que era. Acabava eu a culpada de tudo, sentido remorso e procurando um jeito de mostrar que não era tristeza que eu estava bem e que eu não sei que merda exatamente era. Ah, eu andava sem um puto de dinheiro, sem dinheiro pra cigarros, cervejas, muito menos pra conta do telefone, que ele andava gastando comigo por conta das desnecessárias ligações que eu vinha fazendo na madrugada atrapalhando a sua cerveja sagrada. Nessas horas ele explodia bêbado! Não agüentou e gritou tudo que achava tudo que ele não entendia, explicava e às vezes saia um pedido de desculpas por ser um pouco frio, argumentou gritou sobre tudo, mas nada sobre mim. Acabo eu pedindo desculpas. Depois tudo continua não falamos mais no assunto. Dependendo em que assunto for, se é ruim não falamos mais. É porque tínhamos cicatrizes e algumas noites elas podiam doer, mas sentíamo-las como se fossem vitórias, e estávamos bem um com o outro. Eu estava bem no quarto dele, pedia para fechar a janela porque fazia frio, tapando a nuca com o capuz reclamando dos mosquitos. E ele vinha um pouco mais doce, acariciando meus mamilos, e nessas horas eu pensava se houve mesmo alguma tristeza.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Saímos para comprar cervejas. Eu reclamava do frio que fazia e porque diabos havia escada rolante para descer e não para subir. Compramos as cervejas, não foram muitas, mas nos deixaríamos bêbados. Voltamos para casa com música no carro e entusiasmados. Eu ainda reclamava do frio e achava graça das minhas meias, uma de cada cor. Algumas horas depois eu já estava falando, falando sem parar, contando minhas historias e ele me pedindo para escutar suas músicas.
Ficamos ali. E foi a primeira vez que trepei sentada em uma janela com o vestido até a cintura. Pernas e braços agarrados a ele enquanto não via nada, mas me equilibrava e pensava: Deus, não o deixe gozar primeiro que eu.
Ficamos ali. E foi a primeira vez que trepei sentada em uma janela com o vestido até a cintura. Pernas e braços agarrados a ele enquanto não via nada, mas me equilibrava e pensava: Deus, não o deixe gozar primeiro que eu.
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