quarta-feira, 28 de maio de 2008

Tive que ter coragem. Ele me despreza. Eu disse que sumiria. Friamente ele, “suma”. Imagino que isso tudo foi difícil para ele. Coitado. Isso, de ter que me suportar nos finais de semana em sua cama. Pela casa dele, com suas roupas, nua, em suas musicas, e fumando no seu lugar favorito, deve ter sido irritante. Era só o meu prazer. Foda-se o que ele pensava o que ele queria o que sentia. Eu era louca por ele, e isso bastava. Eu gastava todo o meu dinheiro “para ele”, eu estava pouco me lixando, era mais um capricho, uma necessidade. Importava-me comigo, e com quem mais me importaria? Eu sofro, mas cuspo o que sinto. Eu deveria estar sendo menos egoísta, mas eu só me vejo, tenho o tempo todo em minhas mãos, um espelho. Eu ainda o amo, desesperadamente. Mas isso não significa nada.

2 comentários:

Jota Fagner disse...

Mais uma vez, adorei a crônica.
Eu estou montando uma revista para ser distribuída em formato pdf via e-mail e estava procurando articulistas.
Será que eu poderia usar textos teus?
Se quiser manter contato me mande um e-mail.
jotafagner@gmail.com
Obrigado pelo prazer de ler este post!

Paixão, M. disse...

Claro que significa, significa sim.

Mi, tou sabendo que vai vir pra Bienal. Que bom!! Vamos nos ver, finalmente.

Um beijão, linda!