Cansei por alguns minutos dessa minha vida vazia. Madrugadas acordada, dias perdido. Não vejo “pessoas” há três semanas. Vivendo de coca-cola e cigarros. Não acho mais graça tomar porres sozinhos. Foder com qualquer um, falar com qualquer um, ou tomar um litro de vodca, coragem, e foder com algum estúpido.
Fiquei assim desde que ele me deixou. Não sei o que fazer, não quero fazer. Agora eu detesto todo rostinho e risinho feliz que vejo. Principalmente esses de namoradas patéticas, enquanto eu faço os namoradinhos delas gozarem. Odeio essa vida. Suplico que algo de excitante me aconteça, a cada segundo. Agora que ele não está mais aqui, e está indo para sempre, me sinto presa. E daí se ele não me serve? Ninguém entende que eu o amo, ele não entende. Acabou mesmo, e eu entendo. Essa merda de amorzinho. Sinto raiva de mim mesma. Ah, mas nada como o presente caro, e o dinheirinho amável da mamãe, para me acordar.