quinta-feira, 21 de maio de 2009

Subindo as escadas da minha casa, pensei nele. Um frio dos céus e toda a falta do que fazer. Tudo ao meu redor poderia estar acontecendo, os quadros caindo, navios afundando e eu, a pessoa mais nervosa do mundo, só o queria. E ainda assim calma, precisei dele. Era o tempo passando tão rápido, e a sensação que nada acontecia. Quando cheguei ao quarto percebi que a vontade quase insignificante em ter ele naquele momento, era só para não perceber que as coisas andavam devagar. Que eu só esperava o fim de semana e incrivelmente, eu não estava ansiosa. Não sentia meu coração sair pela boca, não ligava para ninguém desesperada, não contava meus problemas para desconhecidos, e nada de errado estava acontecendo. Eu desconfio. Nunca senti a falta dele. Mas é agora que não posso que quero. Comecei a procurar problemas, agora sim, essa era eu. Inquieta, insegura e a mais confiante de todas. Penso logo em surpresas, e tenho pavor de surpresas, me dão medo. Continuo tranqüila, é uma força maior. E tranqüila é uma pessoa que não quero ser. Eu complico. Tudo e qualquer assunto. Eu só queria um miserável de um cigarro. E tudo acontecendo ao mesmo tempo.

Um comentário:

Marcelo Grillo disse...

Estou realmente surpreso.