quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Era Catarina. Saia apressada pela noite na chuva, saltitante que eu podia ver a vontade pular para fora dela. Uma vontade descontrolada em ser feliz aquela noite, sem medo, sem culpa. Ela olha uma única vez para trás e parecia adivinhar que eu a fitava com os olhos curiosos e raivosos de ciúmes. Deu um risinho, quase sapeca, por um segundo pensei que gostaria que eu fosse atrás. Continuou apressada. Fiquei ali na janela com o coração saltando pela boca, ansioso, indeciso. Sai. Desci as escadas acendendo um cigarro tentando controlar minha excitação.
Ela andava tão angustiada. Deus eu podia ver, às vezes, sentir. Aquele lugar... Aquele lugar a torturava lentamente, eu via. Aliás, eu não a via, via Catarina tão poucas vezes que ficava intrigado por não saber quem realmente era ela. Fui desistindo aos poucos. Mas essa noite quando ela me olhou, seus olhos diziam que precisavam de mim. De uma maneira triste, mas o corpo divertido. Não precisava ir longe para saber sobre a noite de Catarina. Beberia, dançaria, e acordaria na cama do cara mais esperto, tentando lembrar o que aconteceu, e às vezes pensando em mim.
Algumas manhãs sentia nojo dela, e de todas as suas trepadas, era nojo com vontade de comê-la a força e que me fazia sentir pena mais de mim do que dela, dando murros na mesa tentando entende-la, ou entender a mim mesmo.
Sentindo-me fraco, possessivo, enquanto aquele olhar aquela noite me pedia tudo ao mesmo tempo e muito rápido.
Era assim quase todas as noites de sábado. Chegava um pouco depois dela,sentava tentando disfarçar que eu estava ali por sua causa,disfarçando mais ainda meus insistentes olhares. Ela fingindo não notar minha presença. Mas seu corpo gritando pelo meu cacete, por uma rápida trepada em qualquer lugar. Entre uma cerveja e outra meu pau ficava duro imaginando sua boca rosada sua língua molhada quase o arrancando. Fingia derramar cerveja sobre minha calça, me levantava, e ia para casa.

3 comentários:

Marcelo Grillo disse...

kkk... quando escrevi amor infernal, esqueci que vc existia. vc é mais que infernal... rsrs. bj

aluah disse...

adorei o final hahaha
volto sempre

Priscila Milanez disse...

Tão ácido!