quinta-feira, 22 de maio de 2008

Quando meu avô saiu de casa e foi morar só, dei um “Graças a Deus”. Cristo! Aquele cigarro barato dele, jogados pelo canto da sala, incomodava-me. E eu, claro, não movia um dedo para retirá-los. E ficava lá, dias, semanas. Até que aquele velho nojento percebesse que não havia mais espaço para novos cigarros. E o peixe uma vez por semana, que ele sentia prazer em prepará-lo? Um cheiro insuportável. E o leite quente? Odeio leite. Dei Graças a Deus mesmo, quando “esse senhor” juntou seus trapinhos e se foi. Não tive mais que suportar calada, aqueles sermões que para mim, não faziam nenhuma diferença. Não precisava acompanhá-lo mais a igreja, e passar horas na rua e menos tempo em casa. A casa estava vazia. Isso de saudades, irá me matar.

Um comentário:

sara castillo disse...

já li por aí que "o que nso concretiza é a falta", e ,quase sempre, vejo muito sentido nessa frase. repito-a como mantra.


(obrigada por suas visitas,
seja bem-vinda sempre)