terça-feira, 7 de abril de 2009

Peço para Antonia me pagar qualquer bebida. Sabendo que ela pagaria com cara de desaprovação, mas pagaria. Comenta sobre o cara que está num canto e pergunta o que achei. Antonia é escrota. Eu penso isso. Não gosto de mulher que puxa papo, convida. Diziam “Antonia quer alguém desesperadamente.” fingia tão bem. Confio em mulher que mente para os homens. Não sabia o que estava bebendo, e achava melhor não perguntar. Eu não iria ficar parada ali por muito tempo mesmo. Em pouco tempo estaria bebendo de vários copos e juro, não ia querer saber o que. Filhos da puta!Estamos comemorando o que mesmo? Era tudo culpa do meu pai, idiota que nunca me deu uma merda de conselho ou me mandou fazer algo de útil. Acho que está no fim. E se eu comprasse uma roupa nova, mudasse as coisas de lugar?Não, não vou. Alguém ou alguma coisa tem que voltar, e vai parecer que esqueci e que sou outra. Antonia me apresenta um cara que ela mal conhece, estão juntos, mas ela me beija. Pobre Daniel, ele me queria, e algumas vezes eu o queria mais ainda. Se ele soubesse que penso nele... Mas ele nunca está. Peço para dormir, ir embora. “É isso Antonia que você quer? Que eu fique em casa chorando?”. Ela só está tentando me controlar, passando a mão pelos meus cabelos e dizendo “não pago mais bebida pra você”. Fico com medo que Daniel me veja assim. O que a minha mãe diria se soubesse? Nada. Ela não teria coragem. Fingimos que não sabemos de nada, aprendi com ela. E em tão pouco tempo eu me sentia destruída querendo fugir e ficar. ”Antonia vai começar a noite” só tenho que ser rápida, que estou sem palavras, sem bebida, e nunca tive Daniel. Devo voltar amanhã para casa e ver meu namorado.

3 comentários:

Daniel. disse...

inspirador..

Bárbara da Silva disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bárbara da Silva disse...

pô, já vou seguir o babado aqui. já te disse uma vez que gosto da sua escrita... it's true!